A UNICEF anunciou que está a analisar a logística inerente ao transporte de cerca de dois mil milhões de vacinas contra a COVID-19 para 92 países, aquela que será a maior operação internacional da história da organização.

Etleva Kadilli, Directora da Divisão de Abastecimento do Fundo das Nações Unidas para a Infância, afirmou em comunicado que “à medida que o trabalho de desenvolvimento de vacinas para a COVID-19 continua, a UNICEF está a acelerar os esforços com as companhias aéreas, companhias de carga, companhias de navegação e outras parcerias logísticas para fornecer vacinas vitais tão rápido e seguro quanto possível”.

Segundo a agência internacional, que espera avaliar nas próximas semanas a capacidade de transporte existente para identificar potenciais constrangimentos e necessidades, a colaboração com estes parceiros deve possibilitar a mobilização de meios de transporte para uma “operação histórica e maciça” de entrega de vacinas, seringas e mais equipamento de protecção aos trabalhadores na linha da frente ao combate da COVID-19.

A UNICEF é o maior comprador mundial de vacinas, adquirindo, anualmente, mais de dois milhões de doses de vacinas contra várias doenças, mas também para imunização de rotina e em resposta a surtos, em nome de quase uma centena de países.

Além das exigências especiais de transporte de algumas vacinas, como a que foi desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, que tem de ser conservada a 70º graus negativos, a organização sustentou a necessidade de uma forte coordenação logística para evitar que o projecto de imunização contra o COVID-19 afecte os programas de rotina para outras doenças.

“O apoio dos governos, parceiros e do sector privado será fundamental para transportar vacinas contra doenças mortais como o sarampo, a difteria e o tétano, assim como a COVID-19, da forma mais eficiente possível”, revela Etleva Kadilli.

A UNICEF já começou a armazenar mais de mil milhões de seringas em Outubro, a fim de assegurar a sua disponibilidade até 2021 para a vacinação contra o Coronavírus. Por outro lado, já foram distribuídos equipamentos de protecção individual e testes de diagnóstico num valor total de 190 milhões de dólares.