A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) anunciou alguns dos investimentos previstos para o futuro, entre os quais se encontra, por exemplo, a reconversão do terminal multiusos e o prolongamento do quebra-mar de Leixões. Nuno Araújo, presidente do Conselho de Administração da APDL, revelou ao Jornal de Notícias que a administração portuária se encontra preocupada com o momento que a economia atravessa, e tem procurado “ir ao encontro das empresas e, com isso, reduzir os seus custos”.

Em 2021 chegarão dois rebocadores ao Porto de Leixões, que irão substituir os antigos, com 40 anos, e com a vantagem adicional de serem menos poluentes. Também no sentido ecológico, a APDL dá novos passos no caminho da descarbonização, vendo a ferrovia como uma possível alternativa que actualmente ainda representa 10% da movimentação de mercadorias, mas que espera que em cinco anos atinja os 25%.

Ao nível da frota interna, esta é composta por cerca de 40 camiões, e Nuno Araújo não descarta a hipótese de os veículos actuais serem substituídos por eléctricos ou movidos a hidrogénio. Existe ainda a intenção de replicar o projecto-piloto instalado em Gondomar, no cais do Leverinho, permitindo aos navios ligarem-se à rede eléctrica após atracarem.

Relativamente à expansão do quebra-mar, será um aumento de 300 metros que trará “poupanças na ordem dos 175 milhões de euros”, visto existirem poupanças associadas ao transporte por tonelagem por navios maiores face aos mais pequenos. “Sempre que recusamos a entrada de um determinado tipo de navio, eles têm de recorrer a outro porto e isso tem um custo na cadeia logística e para as empresas”, comenta Nuno Araújo.

O Porto Seco, na Guarda, também é um dos investimentos da APDL, estando o tema em debate com a autarquia e as empresas da região.