O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) irá participar no projecto BIOMA – Soluções integradas de BIOeconomia para a Mobilização da cadeia agro-alimentar, onde irá desenvolver ferramentas para avaliar e promover a sustentabilidade ambiental, e maturidade bio-económica da cadeia-agroalimentar, através da recolha de informação técnico-económica de casos de estudo e da classificação dos vários pilares da sustentabilidade.

João Ribau, Responsável de Investigação e Desenvolvimento do ISQ, explica que “a maturidade bio-económica estará focada essencialmente na avaliação da digitalização do sector e potencial implementação de soluções inovadoras que adicionalmente contemplem as visões de economia circular e simbiose industrial e processual”.

De acordo com a empresa, a ferramenta essencial que surgirá deste projecto é a plataforma que irá monitorizar e reduzir o desperdício alimentar através da análise de dados recolhidos ao longo da cadeia agro-alimentar, determinando quais as actividades e produtos que conduzem a um maior desperdício, mas também identificar metodologias que visem reduzir os desperdícios ou transformá-los em sub-produtos necessários para outros processos.

Para João Ribau será também importante o desenvolvimento de uma solução ‘BIOtrace’ para rastrear remotamente os produtos ao longo da cadeia alimentar, nomeadamente no transporte e conservação.

O ISQ irá ainda dinamizar o conceito ‘BIOecosystem’, nomeadamente com plataformas de Marketplace e ‘test before invest’, onde se promoverá a comunicação entre stakeholders ao longo da cadeia de valor, bem como de soluções e novos produtos.

O projecto BIOMA, tem como objectivos “promover a adopção de soluções tecnológicas na cadeia de valor agro-alimentar, reduzir o desperdício alimentar, valorizar resíduos e subprodutos agro-alimentares para o desenvolvimento de produtos de base biológica, apoiar as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 (objectivos de desenvolvimento sustentável – ODS), suportar a estratégia nacional para a bio-economia e contribuir para a estratégia nacional e europeia de digitalização da indústria”, explica João Ribau.