De acordo com os números divulgados ontem pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o transporte de mercadorias em Portugal registou um volume de cerca de 243,9 milhões de toneladas em 2019, um recuo de 3,5% face ao registado em 2018.

Por segmentos e de acordo com a mesma fonte, o tráfego nacional foi responsável por 60,4,%, correspondendo a um volume de 147,3 milhões de toneladas, enquanto 90,8% foram movimentadas por rodovia, onde o transporte a nível nacional se destaca (79,2%), ainda que apresentando uma queda de 13,2% em relação ao volume de 2018.

Para o mercado internacional, o modo de transporte preferencial é o marítimo, registando um volume 672,7 milhões de toneladas em 2019, o que representa uma quota de 75,2%. O modo rodoviário apresentou uma quota de 22,6%, sendo as trocas comerciais com Espanha as grandes responsáveis por este valor.

Ainda em relação ao comércio internacional, em 2019, os movimentos de importação representaram globalmente 61,5% do peso das mercadorias transportadas e 57,3% do seu valor foi feito em modo marítimo, o que corresponde a uma quota de 60,9%, O transporte rodoviário, em termos de valor, registou uma quota de 60,9%. “Os modos ferroviário e aéreo detêm quotas residuais respectivas de 1% e de 0,1% da tonelagem transportada e de 0,6% e de 3,5%, cabendo aos outros modos ou a modos não discriminados, quotas de 6,2% e de 11,7%”, salienta a AMT.

Em relação às exportações, o transporte marítimo foi responsável por 49,5% da mercadoria e 30,1% em valor.

A AMT avança que em 2019 o tráfego realizado nos portos de Portugal continental, registou um movimento de 81,9 milhões de toneladas de mercadorias, o que significa um recuo de 5,8% face a 2018.

Para este desempenho global o porto de Sines tem grande influência ao registar uma diminuição de 5,4% de toneladas, menos 12,2%, a que se juntam as quebras de 253 mil toneladas dos portos de Aveiro, Figueira da Foz, Faro e Portimão.

Este desempenho global acabou por anular o desempenho positivo dos portos de Leixões e Setúbal com acréscimos de +278,3 e +200,8 mil toneladas, respectivamente, a que se juntam também Lisboa e Viana do Castelo, com +121,3 mil toneladas, no conjunto.

Sines registou uma quota de 47,5% do total, tendo recuado 3,5 pontos percentuais (p.p) em relação ao ano anterior. Leixões aumentou a sua quota em 1,6 p.p. para 21,9%. Lisboa e Setúbal subiram respectivamente +0,8 e +0,7 pp para 12,8% e 8,2%.