A SCMedia News faz um ano e, para celebrá-lo, decidimos ir à procura dos profissionais portugueses de procurement e supply chain espalhados por este mundo fora. Passámos por vários países e todos os continentes. Foi uma bela viagem que nos levou à edição de aniversário da nossa revista. 13 edições, 13 caras, 13 testemunhos. Neste caso, este é o nosso número da sorte.

Porque Somos Cidadãos do Mundo quisemos conhecer os profissionais que, hoje, vivem uma realidade pessoal e profissional diferente. Os que levam o procurement e a supply chain além-fronteiras. Conhecemos os seus trajectos, motivações, desafios e os momentos que marcam uma carreira internacional.

A bordo da supply chain, a viagem começa na República Checa através do testemunho de Miguel Martins da Silva, Group Chief Supply Chain Officer da Dr. Max BDC (Holding). Conta já com mais de 20 anos em projectos na supply chain em várias áreas e vários países, portanto desenvolver uma carreira internacional não é novidade para si. Os desafios que foram surgindo ao longo do caminho contribuíram sempre para a sua aprendizagem, sendo por isso que considera que há sempre espaço para progredir e que a sua missão é “continuar a aprender e a evoluir”.

Gil Batista, Head of Supply Chain AU da Marley Spoon, leva-nos à Austrália para conhecermos aquela que é a sua realidade. A sua carreira internacional levou-o primeiro a Berlim e, mais tarde, para a Sidney, na Austrália, por sua escolha, decisão da qual não se arrepende. Trabalhar “Sempre Com Motivo” é o seu lema. Considera que os primeiros passos na supply chain foram dados “sempre para o lado e nunca para cima”, tendo passado por áreas diferentes que o ajudou a criar uma bagagem mais completa. Este é um dos conselhos que Gil Batista dá aos futuros profissionais da supply chain.

Segue-se a história de Bruno Cipriano, Operations Manager da Sumol+Compal MZ, que nos leva até Moçambique. A sua experiência em desenvolver uma carreira internacional na supply chain tem sido “extremamente positiva”, apesar dos desafios. Revela que o COVID-19 foi um “desafio enorme”, mas que, apesar de não ser fácil, “não existe outra forma que não seja a de continuar a caminhar em frente”.

Para Vasco Lemos, Supply Planning director na Kellogg Company, viver no estrangeiro não é novidade. Agora encontra-se na Irlanda, mas já passou por países como Brasil, Itália e México. Ainda assim, conta que uma carreira internacional acarreta alguns desafios, como entender o contexto e especificidade de cada país, e as diferentes formas de motivar e liderar equipas com contextos culturais distintos. Contudo considera o rigor e exigência como fundamentais.

Seguimos para o Canadá com Luís São Marcos, Warehouse Manager da Blue Giant Equipment Corporation. A sua história com a supply chain começou “um pouco por acaso”, mas acabou por conquistá-lo. A sua adaptação ao país não foi fácil de início, mas em relação ao cargo teve uma grande vantagem: “quando se começa por baixo há sempre uma curva de aprendizagem bastante significativa que, embora difícil e exigente, é extremamente compensadora, uma vez que permite estabelecer bases sólidas. Aprende-se sobretudo ‘fazendo’”.

Miguel Monteiro, Country Supply Chain Director da L’Oréal, leva-nos numa viagem de ida e volta. Já se encontrar em Portugal, mas passou oito anos em França a cargo da mesma empresa. Considera que desenvolver uma carreira internacional na supply chain tem alguns desafios, e o maior deles é “ter uma logística operante e proactiva num contexto em permanente evolução e cada vez mais instável”, pois a supply chain tem de se adaptar constantemente de uma forma rápida e ágil. Ainda assim, destaca vários pontos positivos, como trabalhar com pessoas muito diferentes provenientes de vários cantos do mundo.

A viagem pelo mundo da supply chain termina com João Neves, Global Supply & Logistics Manager na Grandvision, nos Países Baixos. Revela que a adaptação à nova realidade do país não foi fácil, mas tudo acabou por melhorar. Actualmente considera a experiência de exercer uma carreira internacional como “muito gratificante”, principalmente pelo facto de ter contacto diário com mais de 50 nacionalidades e ter a oportunidade de conhecer algo mais, todos os dias, sobre um país diferente.

Acompanhe-nos nesta viagem, conheça um pouco mais sobre cada um dos profissionais e as suas experiências com as novas realidades com que se depararam. Pode ler a revista na íntegra [AQUI].