O grupo Roullier acrescentou, este ano, cerca de 6000 metros quadrados de área coberta às suas instalações industriais em Setúbal, totalizando assim uma área de 20 mil metros quadrados.

Trata-se de um “investimento sobretudo associado à parte logística, do armazenamento e da preparação das cargas”, com o objectivo de dar resposta “ao mercado nacional, porque estávamos a ficar limitados em termos de espaço logístico”, revelou ao Jornal de Negócios Rui Rosa, o Administrador da empresa.

Instalada no BlueBiz Global Portugal, uma plataforma empresarial da AICEP situada no Vale da Rosa, esta unidade centraliza a distribuição dos produtos associados à nutrição vegetal e animal fabricados pelo grupo e comercializados em Portugal. Integra ainda serviços que complementam a produção local de adubos para a agricultura e de complementos para a ração animal.

A relevância de ter esta fábrica em vez de importar os materiais de Espanha e França, como era feito antes, deve-se, em primeiro lugar, a uma optimização logística, como conta Rui Rosa, “há sempre capacidade industrial disponível, mas nos momentos de consumo há grande dificuldade em responder às necessidades do terreno. E depois é poder encontrar soluções à medida do país, adaptadas à realidade local”, como a cultura ou os tipos de solo que, em Portugal, são maioritariamente ácidos.

Apesar de vender a uma rede de distribuidores, o cliente final é o agricultor que o acompanha no terreno com uma equipa técnica que já ultrapassa os 70 elementos que visita diariamente explorações para aconselhar os produtos.

A fábrica tem capacidade para produzir 30 toneladas por hora de fertilizantes sólidos, enquanto a área nutricional ronda uma tonelada. Como a actividade agrícola é muito sazonal, metade do ano funciona com dois turnos e o resto do tempo apenas com um, ou até a um ritmo menor.