A cidade de Lyon prepara-se para receber um novo armazém da multinacional Amazon, perto do aeroporto, no entanto, no Sudeste de França, esta chegada não está a agradar a todos.
Duas associações francesas já desencadearam uma acção judicial para bloquear o projecto, que após ter sido rejeitada teve direito a recurso devido à pegada de carbono que irá trazer para a cidade.
Apesar de se estarem a reduzir as emissões de CO2 em França, as importadas do estrangeiro não param de aumentar, envolvendo, por exemplo, o fabrico e transporte de bens de consumo. “Uma grande parte das emissões de carbono provém do fabrico de bens”, revela Adrien Montagut, da Alternatiba/ANV Rhône, “com um armazém deste tamanho, a Amazon seria capaz de entregar mais de 240 milhões de novas mercadorias por ano. Portanto, isto está em completa contradição com a vontade de reduzir a pegada de emissões”.
Apenas no sector têxtil, Adrien Montagut estima que o número de produtos postos à venda anualmente deveria ser apenas 10% do actual.
À Euronews, a empresa respondeu que as suas últimas instalações “incorporam os avanços mais recentes em termos de eficiência energética”, recordando que em Junho foi lançado um fundo de cerca de 2 mil milhões de euros para “apoiar o desenvolvimento de tecnologias e serviços livres de carbono”.