Durante o primeiro semestre do ano, a empresa familiar Vieira de Castro, de Vila Nova de Famalicão, entrou no mercado Turco, apostando numa “abordagem pela diferenciação e pelo valor acrescentado”, segundo explica fonte da empresa.

Para já, encontra-se a trabalhar exclusivamente a gama de bolachas “cream crackers”, no formato de doses individuais, respondendo à questão da conveniência, uma tendência deste mercado.

“Já estamos numa cadeia, através de uma parceria com um distribuidor que representa marcas internacionais relevantes. É uma estratégia conjunta de abordagem de mercado. Começámos com um posicionamento relevante para colocar a marca onde pretendemos, para depois abrirmos o mercado às restantes redes que existem”, revela Raquel Vieira de Castro, administradora da empresa.

É um desafio muito grande, em parte devido a situações de instabilidade política no território, por outro devido a ser altamente competitivo, considerando-o “interessante em termos de dimensão, pelo desenvolvimento da própria economia”.

Raquel Vieira de Castro explica que o motivo que os levou a avançar para esta geografia foi terem “identificado um grande parceiro e conseguido fazer acordos com essa empresa, que considerámos como a ideal”.

Nos últimos meses a empresa portuguesa avançou ainda com outros projectos de internacionalização, nomeadamente em alguns mercados da América Latina, da Colômbia ao Suriname, estando ainda de olho no desenvolvimento acelerado que o Brasil e a China têm tido.

A administradora admite haver ainda espaço para crescer dentro das actuais unidades industriais, estando em curso um investimento que ascende a 12 milhões de euros em três anos, de modo a aumentar a sua capacidade de produção, que actualmente é de 30.000 toneladas/ano, bem como para abraçar outros projectos, apontando o desenvolvimento de novas embalagens para oferecer formatos mais convenientes e privilegiados pelos consumidores.

O investimento de 12 milhões de euros não se limita às linhas de produção, mas também à duplicação da capacidade de armazenagem, à automatização do processo logístico, infra-estrutura de rede e sistemas internos.

“Estamos a capacitar a empresa para crescimentos futuros. Ou seja, queremos antecipar o futuro e não sermos pressionados por ele”, conclui a administradora.