A facturação do grupo Luís Simões, em Espanha, vai superar em 2019, e pela primeira vez, a receita gerada em Portugal. No ano passado, o mercado espanhol representou 45% da receita total.

José Luís Simões, presidente do grupo, explicou, em entrevista ao diário Cinco Días, o novo impulso no mercado espanhol após ter investido 40 milhões de euros nos últimos dois anos, em novas instalações.

Da receita gerada em 2018 de 244 milhões de euros, 111 milhões corresponderam a Espanha, registando-se uma subida de 3% face ao ano anterior.

Uma vez que o mercado espanhol “quadruplica a dimensão do mercado português, é natural que o negócio cresça mais aqui. Há um esforço suplementar e um plano sustentado de crescimento”, refere José Luís Simões.

De forma a superar a facturação gerada em Portugal, é necessário que o grupo cresça este ano a dois dígitos em Espanha. Os responsáveis da empresa confiam que tal acontecerá e que em 2020 voltarão a repetir esse desempenho.

Inaugurado o ano passado, através de um investimento de 35 milhões de euros, o polo em Guadalajara receberá um novo centro automatizado em 2020, dirigido ao comércio electrónico, que adicionará mais 90 mil paletes de capacidade.

O centro de Guadalajara apresenta níveis altos de eficiência e produtividade contrastando com o desempenho do centro vizinho de Cabanillas del Campo, que concentrou vários espaços dispersos.

De acordo com o Cinco Días, um dos factores que conduziu a perdas de quatro milhões de euros em 2018 no mercado espanhol, foi a ineficiência e duplicações de operações registadas no centro de Canabillas del Campo.

No entanto, em Guadalajara, “começamos com novos clientes e com equipamentos instalados de raiz, com melhor produtividade do que o esperado”, afirma o presidente do grupo.