Meses se passaram desde o bloqueio comercial imposto por Donald Trump para a China. Entre outras razões, o líder norte-americano alegava que a Huawei poderia estar a fazer espionagem, e como tal, emitiu em Maio uma ordem executiva que proibia a utilização de tecnologia chinesa por empresas americanas e restringia a exportação de alguns componentes para este país.

Por início de Julho, os presidentes retomaram as negociações, aquando da cimeira do G20, no Japão, e durante esse mês saiu um comunicado do Departamento do Comércio dos EUA de que iria começar a emitir licenças especiais para empresas que pretendam continuar os seus laços comerciais com a Huawei. Agora sai o anúncio, confirmado pelo presidente da Qualcomm, Steve Mollenkopf, de que a sua empresa e a chinesa retomaram as negociações, e que pretende traçar um acordo de fornecimento a longo prazo com ela.

Embora não avance desde já com os componentes envolvidos nesta negociação, sabe-se que a Qualcomm vendia uma parcela considerável de dispositivos à chinesa, e a americana revela que procura um laço a longo prazo, explicando que foi uma das maiores prejudicadas com o bloqueio, por ter perdido um dos seus maiores clientes, registando grandes perdas monetárias.

Note-se que em 2018 a Huawei gastou 11 mil milhões de dólares em comércio com empresas americanas, como a Qualcomm, Intel ou Micron, e este bloqueio foi um grande entrave não só a nível de reabastecimento das empresas, mas também a nível logístico.