O volume de negócios do sector português de operadores logísticos ascendeu, em 2018, a 555 milhões de euros, valor que representa um acréscimo de 4,1% face ao ano anterior e uma variação de 21% em relação aos 457 milhões registados em 2012, segundo revela a Informa D&B.

Este valor inclui as receitas decorrentes da armazenagem de mercadorias e das operações associadas realizadas sobre as mesmas (manipulação, transporte e distribuição).

O crescente grau de externalização das actividades de armazenagem, manipulação e transporte de mercadorias por parte das empresas, assim como a evolução favorável da economia portuguesa, tem favorecido nos últimos anos o volume de negócios dos operadores logísticos.

A introdução de novos serviços de maior valor acrescentado e a internacionalização da actividade do tecido empresarial são factores que também contribuíram para o crescimento da actividade sectorial.

Alimentação e bebidas representam mais de metade do negócio

A fileira de alimentação e bebidas foi a de maior peso no negócio dos operadores logísticos, representando cerca de 51% da facturação sectorial no exercício de 2018. O sector de farmácia, drogaria e perfumaria teve também uma grande importância, sendo responsável por cerca de 20% das receitas.

As projecções apontam para um aumento da facturação sectorial de cerca de 3,6% no ano 2019, para 575 milhões de euros. Neste contexto de previsível crescimento do volume de negócios, os indicadores de rendibilidade do sector melhorarão moderadamente, embora seja de realçar a ameaça que os elevados preços do combustível representam para os operadores.

O sector de operadores logísticos carateriza-se pelo alto grau de concentração da oferta que tem aumentado nos últimos anos em virtude das numerosas operações empresariais registadas. As cinco principais empresas representavam conjuntamente cerca de 45% do volume de negócios global do sector, enquanto a quota agregada das dez principais rondou os 65%.

 

Em 2018 o setor era constituído por aproximadamente80 empresas, número que se tem mantido estável nos últimos anos, que empregaram cerca de 11 430 trabalhadores, com um número médio por empresa de 143 pessoas.