Munique foi uma vez mais palco para a maior feira de logística da Europa entre os dias 4 e 7 de Junho. Em destaque este ano estiveram a guerra comercial entre os EUA e a China e a escassez que se faz sentir de motoristas, embora a Nova Rota da Seda também tenha sido alvo de atenção, assim como as esperanças depositadas na inteligência artificial em muitas áreas de actividade deste importante sector que faz mexer o comércio mundial.

“A Transport logistic confirmou o seu estatuto de maior hub logístico intermodal. A feira contou este ano com 2,374 expositores, um aumento de 10 por cento, e cerca de 64,000 visitantes, um aumento de cinco por cento,” declarou Stefan Rummel, Managing Director da Feira de Munique. “Assistimos a um forte crescimento da China, onde o número de expositores quase dobrou em 30 novos para 64”, afirmou ainda Rummel. “As empresas chinesas procuram cada vez mais parceiros de cooperação na Europa no âmbito da Iniciativa da Rota da Seda.”

A escassez de motoristas também foi um dos tópicos dominantes durante os quatro dias do evento. Além de condições de trabalho mais atraentes, a inteligência artificial poderia ajudar a longo prazo;o que deve tornar as cadeias logísticas mais transparentes e eficientes no geral.

A logística está no banco de motorista?

Os principais desafios enfrentados pela indústria foram discutidos logo na abertura no âmbito de um painel com gestores de topo do sector. “Precisamos tornar os crescentes fluxos de tráfego mais eficientes, bem como ambientalmente sustentáveis”, declarou o Ministro Federal dos Transportes, Andreas Scheuer. Em referência à economia global, Frank Appel, da DHL, expressou um optimismo contido: “embora as relações actuais entre os governos dos EUA e da China não sejam favoráveis, as mercadorias encontram o seu caminho”. A situação é actualmente também um desafio para o transporte aéreo “, que é um negócio muito volátil. “Temos de estar abertos a opções e pensar a longo prazo”, declarou Dorothea von Boxberg, da Lufthansa Cargo AG. Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd AG, explicou que a sua empresa está bem preparada: “Temos sido um motor activo de consolidação nos últimos cinco anos, permitindo-nos fortalecer significativamente a nossa posição global de mercado.”

A feira em números

Na Transport Logistic deste ano participaram 2.374 expositores de 63 países , o que representou um aumento de 10% (2017: 2.162). Cerca de 64.000 visitantes de 125 países participaram, um aumento de 5% (2017: 60.726). Cerca de 30.000 visitantes vieram do exterior. A exposição cobriu dez salões e uma área exterior, totalizando 125.000 metros quadrados. Os dez principais países expositores depois da Alemanha foram Holanda, Itália, Bélgica, França, Polónia, China, Áustria, Espanha, Reino Unido e República Checa. A DHL regressou como expositora. A registar ainda 25 stands colectivos internacionais, onde se incluiu Portugal.

O stand colectivo ‘LOGISTICS FROM PORTUGAL’, organizado pela Supply Chain Magazine, ocupou uma ilha de 100 metros quadrados e integrou 10 empresas: Garland, Lusocargo, Multicargo, Steamship, VLT Cargo, JTM Group, Maeil, Rangel Logistics Solutions e Transnautica/Forcargo. Veja ou reveja aqui alguns dos momentos vividos ao longo destes quatro dias no pavilhão de Portugal.

Além das empresas nacionais presentes no stand colectivo de Portugal, estiveram como expositores directos a Abreu Carga, a Associação dos Portos de Portugal (APP), a Magellan Ass. Repres. Dos Interesses Portugueses no Exterior, Red Cencyl Atlantic Corridor (Espanha/Portugal) e a Torrestir.