Como resultado da saída do Reino Unido da União Europeia, o sector da saúde está a sofrer uma ruptura de stock. As reservas de medicamentos neste momento deveriam ser uma prioridade, para o caso de haver uma saída da UE sem acordo, mas os medicamentos estão a começar a ser poucos para a procura que têm tido.

O Comité de Negociação dos Serviços Farmacêuticos (PSNC) já alertou para a falta de stocks de alguns medicamentos, porque tem havido muita procura por determinados produtos como forma de prevenção. Exemplo disso é o caso alertado pela Sociedade de Epilepsia, que está a aconselhar os portadores desta doença a guardarem medicamentos apenas a curto prazo, para ser suficiente para as necessidades do país. A escassez deste medicamento está a criar alguma ansiedade por parte dos epilépticos e poderá levar a novas crises.

Embora não sejam adiantados números relativamente às encomendas feitas, é revelada a lista de 96 medicamentos que o Sistema de Saúde britânico está a comparticipar acima do habitual, de forma a que o preço dos medicamentos se mantenha estável, comparticipações essas que reflectem geralmente stocks reduzidos e um aumento do preço por parte dos fornecedores e farmacêuticas.

O governo britânico já alertou as farmácias para armazenarem produtos suficientes para seis semanas de vendas, para o caso de haver uma saída sem acordo, mas as próprias pessoas estão a fazer as suas reservas pessoais de medicamentos, o que fora desaconselhado publicamente pela Sociedade de Epilepsia.

“As equipas das farmácias continuam a trabalhar para assegurar que todos os pacientes recebem os medicamentos de que precisam quando são necessários”, revela Simon Dukes, director executivo do PSNC.