O Ministério da Administração Interna (MAI) acredita que em 2019 poderá ter ganhos a rondar os três milhões de euros com um novo modelo de gestão para as fardas dos militares e dos polícias.

De acordo com o Relatório que acompanha o Orçamento do Estado para 2019 (OE 2019), será feita a “implementação de um novo modelo de gestão do fardamento dos militares e polícias” através de uma plataforma electrónica de compras online com o objectivo de reduzir os gastos com os stocks e ao mesmo tempo libertar espaços “afectos à confecção, armazenamento e venda de fardamento”. Mas também para libertar pessoal para o serviço operacional de patrulhamento ou vigilância. César Nogueira da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) lembra que a proposta de uma plataforma online já vem do tempo de Constança Urbano de Sousa, mas acabou por ficar pelo caminho. O presidente da APG sublinha que ainda demora “porque primeiro será criada a plataforma, depois terá de haver concursos públicos. Por isso, está escrito mas não haverá nada em concreto. Isso já devia ter avançado há muito tempo se era essa a intenção do Governo”.

Centralizar para poupar

A centralização das compras do Estado e a partilha de serviços já é habitual quando se fala em poupanças. Para 2019, são esperados ganhos de 35,9 milhões de euros com medidas como centralização da compra de energia, transporte e alojamento; gestão de frotas; sistemas de gestão de recursos humanos e implementação da factura electrónica. Só com esta última medida o ganho pode atingir os 19 milhões de euros.