Os fabricantes de automóveis podem enfrentar interrupções potencialmente significativas na cadeia de abastecimento quando se trata de baterias para veículos eléctricos (VE).

Quem o afirma é a JLT Specialty que acredita que oito dos 11 países que estão entre os principais fornecedores de matérias-primas para as baterias dos VE , como o cobalto e o lítio, estão em territórios designados como de “alto ou muito alto risco”. Estes países incluem a República Democrática do Congo (RDC), a Guiné, a Rússia e as Filipinas. Os riscos que afectam esses países incluem instabilidade política, catástrofe natural e pressões de oferta e de procura.

A verdade é que os fabricantes estão fortemente dependentes de um número restrito de países para fornecer este tipo de matérias-primas. A RDC, por exemplo, produz mais de 80% das exportações globais de cobalto. A instabilidade política no país criou incerteza quanto ao investimento em novas operações e, segundo a JLT, a interferência política era mais provável à luz de um novo código de mineração, acordado no mês passado, o que duplicaria a participação do governo da RDC em projectos de mineração.

Outros países fornecedores enfrentam um alto risco de desastres naturais. Por exemplo, as Filipinas – uma importante fonte de níquel – é propensa a inundações, deslizamentos de terra, terremotos e tufões.

Segundo dados da Business Monitor International, no último ano, os preços das matérias-primas para as baterias de veículos eléctricos subiram acentuadamente, como foi o caso do cobre que aumentou 39% ou o cobalto que subiu 127%.