“Através da produção e distribuição das suas bebidas, a Coca-Cola contribui para gerar actividade económica na sua cadeia de valor”, segundo o estudo de impacto socio-económico da Coca-Cola em Portugal, elaborado pela consultora Steward Redqueen, que por ocasião dos 40 anos da Coca-cola em Portugal analisou a contribuição da marca de refrigerantes na economia portuguesa no que respeita ao emprego e aos rendimentos nos locais de consumo, entre outras variáveis.
Relativamente aos fornecedores, parceiros comerciais e fornecedores destes últimos, “o sistema gera mais 59 milhões de euros em ‘upstream’ [fornecedores de produtos e serviços e seus fornecedores] e está associado a 162 milhões de euros em ‘downstream’ [distribuidores, comerciantes e os seus fornecedores]”.
O estudo teve por base uma análise dos dados de 2016, financeiros e não financeiros, disponibilizados pela Coca-Cola Iberia e Coca-Cola European Partners.
O estudo refere que “o sistema gera outros 1.050 postos de trabalho em ‘upstream’ e está associado a quase 4.100 empregos em ‘downstream'”, adiantando que “cada posto do sistema Coca-Cola gera 12 postos noutros sectores da economia portuguesa, dois destinados à produção local e 10 às vendas locais”.
Nos últimos cinco anos, desde 2014 e incluindo a previsão para este ano, o investimento da Coca-Cola na fábrica de Azeitão, Setúbal, ascendeu a 23,9 milhões de euros.
“Os investimentos que se realizaram nestes últimos anos têm por objectivo aumentar a actividade produtiva, de modo a satisfazer as necessidades de clientes e fornecedores”, segundo o estudo, que refere que a unidade de Azeitão conta com 111 funcionários, e fica numa área de 255.400 metros quadrados, dos quais 47.000 estão construídos.
Em 2017, a Coca-Cola investiu 5,4 milhões de euros e este ano o investimento estimado é de 1,5 milhões de euros.
Uma parte destes investimentos teve repercussões directas na cadeia de abastecimento, como foi o caso da introdução da nova cápsula PET, que levou a que modificassem o modelo de tratamento da mesma, assim como os fluxos e a periodicidade de abastecimento da cápsula à linha de produção, além de ter sido necessário construir um armazém dentro do existente com temperatura “caliente”; a alteração à nova linha de latas, que implicou mudar o layout do circuito dos empilhadores, por questões de segurança de cruzamentos; a introdução da garrafa de 1,75L lançada na sequência do novo Imposto sobre as Bebidas Açucaradas e como forma de procurar minimizar o impacto da quebra nas vendas; a nova garrafa PET espiral, que implicou que fosse alterado o empilhamento dentro armazém.
Para 2018, outros desafios se aproximam para a supply chain da Coca-Cola, nomeadamente porque no horizonte está também o alargamento do actual portefólio de produtos.