O Lokk é um cacifo inteligente desenvolvido em Portugal em 2018, cuja funcionalidade era facilitar o armazenamento de capacetes de condutores de bicicletas e trotinetes, ou malas de turistas. Passados quase três anos, a sua utilização expandiu-se para novas áreas que tencionam aplicar esta tecnologia às suas realidades. Um dos novos focos do cacifo português é o retalho.

De modo a simplificar o processo de recolha de encomendas realizadas online, empresas retalhistas como a Decathlon estão a utilizar estes cacifos para que sirvam de pick-up points, sem que haja qualquer interacção entre funcionários e clientes, podendo até não ser a própria pessoa a levantar a encomenda. O Lokk oferece uma gestão centralizada, análise de padrões dos utilizadores e ainda notificações em relação a potenciais incidências.

Em Portugal já existem cerca de 4.700 cacifos inteligentes a funcionar, em locais como escolas, hotéis, lojas e mesmo hospitais. O COO & co-founder da Lokk, Romeu Pacheco, explica que a tecnologia se consegue adaptar a várias realidades por ser personalizável de acordo com as necessidades das empresas, estando “24 horas por dia sem precisar de manutenção ou interrupção”.

“É um produto com aceitação higiénica de combate à pandemia. Desde sempre, assumimos o produto com mobilidade total com gestão e interacção via smartphone. Fácil de integrar com terceiros, app ou plataformas, através da API, o que torna este produto diferenciado, único e global”, avança a fonte ao Marketeer, “o pressuposto da Inteligência Artificial na generalidade é simplificar a vida do ser humano. Em termos práticos, uma das grandes vantagens da IA é a redução do erro ou/a probabilidade de errar”.

No caso da recolha de encomendas, e adaptado às necessidades da actualidade, o Lokk só deixa depositar uma encomenda após a desinfecção do Lokker, caso contrário recusará abrir a porta, e no caso de a porta ficar mal fechada ou totalmente aberta o Lokk enviará uma notificação ao utilizador.

O Lokk pode ainda operar em ambientes mais dificultados para o ser humano, sejam eles quentes (até aos 110ºC) ou frios (-60ºC). “A nossa fechadura está preparada para trabalhar a 360ºC e em ambientes onde a maioria dos equipamentos tecnológicos não funcionaria correctamente”, explica a empresa.

Outro suporte às encomendas é o assistente virtual Lokker Boy, que é capaz de interpretar através da escrita no chat o que lhe é pedido e indicar ao cliente o estado em tempo real, taxas de ocupação, encomendas pendentes ou que estão há demasiado tempo no Lokker, ou apenas activar o modo de higienização, que irá abrir as portas que foram usadas, para que estas possam ser desinfectadas.

“Estamos a actuar em várias áreas, em especial o delivery que evoluiu, fruto de uma nova realidade das necessidades do comércio electrónico e de respostas às actuais exigências do Estado de Emergência”, conclui a Lokk.