O presidente norte-americano Donald Trump invocou o Acto de Defesa de Produção (DPA) uma segunda vez de modo a solicitar que os grandes fabricantes deste país produzam mais equipamentos médicos. Desta vez, a ordem foi de que a 3M aumentasse a sua produção de máscaras faciais N95, que enviasse as que foram produzidas internacionalmente em instalações da 3M para os EUA e que parasse a exportação de máscaras produzidas no país para outros no Norte da América.

Ao contrário de outras empresas que aceitaram a demanda do presidente, a 3M não aderiu na totalidade ao pedido da Casa Branca. Num comunicado enviado no passado dia 3 de Abril, a empresa concordou com o pedido de dar prioridade às máscaras faciais N95 e enviar mais máscaras da China para os Estados Unidos, mas recusou-se a parar as exportações, alegando tratar-se de um fornecedor crítico para os profissionais de saúde no Canadá e México, e disse que o corte nas exportações causaria “implicações humanitárias significativas”.

Donald Trump não ordenou directamente à 3M que parasse de exportar sob o DPA e, em memorando, a Casa Branca disse que o Secretário da Segurança Interna estava autorizado a usar “toda e qualquer autoridade disponível nos termos da Lei para adquirir, de qualquer subsidiária ou afiliada da 3M, o número de máscaras N95 que o administrador considere apropriado”.

A 3M também defendeu que a paragem nas exportações iria estar a prejudicar o próprio país, na medida em que muitos outros também iriam parar as suas exportações para os EUA, tal como aconteceu em algumas empresas.

O Primeiro-Ministro canadiano, Justin Trudeau, considerou que restringir as exportações da 3M seria um erro, mas não se manifestou quanto à posição que tomaria nesse caso. Em vez disso, elogiou a atitude da empresa.