Em setembro de 2024 foi criado o Socilibre, um projeto que visa implementar uma estrutura robusta de estudos, formação e capacitação para apoiar o desenvolvimento futuro de um sistema integrado de gestão inteligente de logística urbana. Estão envolvidos o município de Braga, o concelho espanhol de Lugo, a Associação Empresarial de Braga (AEBraga), a Universidade do Minho, o BragaHabit, a Cruz Vermelha Portuguesa e a Cruz Roja.
O Socilibre é um projeto que foi criado com o objetivo de dar resposta aos novos desafios relacionados com a logística urbana sustentável e a mobilidade integrada. “Braga, enquanto cidade histórica e densamente povoada, enfrenta questões complexas – e mesmo inéditas – nomeadamente na integração da logística urbana em áreas sensíveis, como o centro histórico”, explica a vereadora. Deste modo, o Socilibre procura estudar estas questões que estão sujeitas a variáveis “inesperadas” por serem “inovadoras” e “sem histórico nacional ou ibérico relevante”. É, por isso, necessário um significativo investimento em investigação, formação e capacitação dos stakeholders locais.
O sistema foca-se em soluções sustentáveis para o transporte de mercadorias de first mile e last mile através de veículos não poluentes, e pequenos hubs logísticos estrategicamente posicionados. Como explica Olga Pereira, “além da redução significativa de emissões e do aumento da eficiência logística, o projeto destaca-se pelo forte foco social, especialmente pela incorporação e apoio a grupos populacionais vulneráveis, garantindo-lhes acesso inclusivo às soluções logísticas, e com vista a melhorar significativamente a sua qualidade de vida”.
O município de Braga, que está responsável pela coordenação geral, realização de estudos urbanos, gestão da capacitação técnica e institucional, e dinamização da participação comunitária e empresarial, conta com a parceria estratégica da cidade espanhola de Lugo, devido à proximidade geográfica e às características comuns entre ambas as cidades no que diz respeito ao património histórico e à mobilidade urbana condicionada. “Ambas enfrentam desafios semelhantes e complexos, e esta colaboração transfronteiriça permite a troca de conhecimento, a criação de sinergias inovadoras e a aplicação conjunta de soluções que possam ser replicadas em contextos semelhantes”, indica a vereadora.
O projeto conta ainda com outros parceiros, nomeadamente a AEBraga que está responsável pela sensibilização, formação e envolvimento direto das empresas locais na fase preparatória e pelo desenho das soluções; a Universidade do Minho que providencia apoio científico, desenvolve metodologias e realiza estudos técnicos e avaliações de impacto, assegurando a robustez académica do projeto; o BragaHabit, que realiza atividades e formações que garantem a inclusão social e o apoio a grupos mais vulneráveis, especialmente através da identificação das suas necessidades específicas e sua integração nos estudos realizados; e a Cruz Vermelha Portuguesa e a Cruz Roja, que desenvolvem ações relacionadas com a formação de stakeholders sobre questões sociais e inclusivas.
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