Um novo estudo da Cardiff Business School, realizado a pedido da Tower Cold Chain, permitiu criar um sistema de cadeia de frio inteligente. Este permite perceber não só a proximidade, como também a disponibilidade dos contentores reutilizáveis da empresa com temperatura controlada, minimizando assim viagens desnecessárias.
Esta análise teve em consideração os dados dos envios da Tower, de modo a ser desenvolvido um modelo para otimizar as estratégias globais de localização de stock. O sistema além de minimizar as emissões de CO2, causadas por movimentações supérfluas, bem como a utilização de uma gestão inteligente de stocks através de técnicas de otimização e simulação, permitirá uma máxima disponibilidade dos contentores da Tower aos seus clientes. Kevin Doran, Global Head of Supply Chain da Tower Cold Chain, garante que “temos uma rede crescente de hubs localizados em aeroportos em todo o mundo, para garantir que os clientes possam obter localmente o contentor apropriado da cadeia de frio”.
No entanto, avisa que “a demanda global pode ser difícil de prever. A complexidade de várias partes interessadas e as necessidades exatas do produto criam desafios para ter o stock certo no lugar certo, na hora certa. Garantir a disponibilidade pode levar ao desperdício de recursos, portanto, é um processo de balanceamento de superprodução de contentores com movimentação excessiva entre implantações”, acrescentando que “claramente, quanto mais sinergias puderem ser identificadas, menos movimentos desperdiçados haverá — e é isso que o estudo dos nossos dados da Cardiff Business School ajudará a entregar”.
A Tower acredita que, por meio da implantação eficiente de stock e redução de desperdícios, o estudo acabará por guiá-los para uma base de custos mais baixa. “Queremos garantir que a logística vital da cadeia de frio esteja disponível para uma secção transversal da comunidade global o mais ampla possível. A Cardiff Business School ajudar-nos-á a alcançar isso de forma sustentável, eficaz e produtiva”, concluiu Kevin Doran.
O estudo concentra-se nos requisitos operacionais da utilização dos contentores já existentes e/ou planeados. Todas as fontes de insumos serão consideradas, como localização do hub, tempos de trânsito, fontes globais de atividade, eficiência de movimento, custos monetários e impacto ambiental. Essas variáveis de entrada serão avaliadas em relação a três saídas principais: ou seja, movimentação desperdiçada de contentores vazios, disponibilidade para nossos clientes e custos operacionais gerais. Já as técnicas de otimização e simulação serão usadas para estudar movimentos históricos e fornecer uma estrutura para modelagem futura de novas oportunidades e estratégias de crescimento
A Cardiff Business School sendo a primeira Escola de Negócios de Valor Público do mundo, realizando pesquisas sobre os desafios contemporâneos em logística e gestão de operações e cadeias de suprimentos, aproveitará a sua reputação em modelagem e design de rede de suprimentos para explorar técnicas de otimização multiobjetivo, a fim de determinar locais de hub e de alocar carga. A Tower e a Cardiff Business School também identificaram estratégias derivadas de dados para lidar com o movimento desperdiçado no setor e fornecerão estratégias de crescimento sustentável para aresponder à crescente procura global por soluções de distribuição da cadeia de frio.
O Dr. Dnyaneshwar Mogale, professor de Logística e Gestão de Operações, responsável pela contribuição académica do projeto, ressalva que “esta é uma oportunidade maravilhosa para aplicar as nossas descobertas fundamentais de pesquisa, publicadas em periódicos líderes mundiais, num ambiente prático. Ao co-criar e entregar o projeto, ajudaremos a Tower Cold Chain e os seus clientes especificamente e com a nossa abordagem de sistemas holísticos, garantiremos que o meio ambiente e a sociedade também tenham uma ‘voz’ ”.
O objetivo final é identificar uma nova estrutura de tomada de decisão que apoie a rápida identificação de estratégias de movimentação e localização de stock que minimizem a emissão de CO2e, e ajudem a enviar consistentemente produtos sensíveis à temperatura para hospitais e farmácias.99