Segundo a CBRE, o início do ano foi marcado por um crescimento dos investimentos no mercado dos armazéns logísticos. Neste trimestre foram feitas seis transações sendo os escritórios a sua principal atração de negócio. Em consequência, as prime yields diminuíram 25 pontos base, tanto em Lisboa como no Porto durante este período.

A consultora faz referência ao investimento feito no setor da logística uma vez que “a rotação de portefólios e a venda de novas plataformas irá refletir-se num valor recorde de investimento”, esperando-se que exceda os 300 mil metros quadrados em termos de ocupação, “situando-se muito acima da média anual de 2016-2020, que totalizou 220 mil metros quadrados”, contudo “a disponibilidade de espaços para ocupação imediata vai continuar muito reduzida e pressionar a subida das rendas na ordem dos 5%”, apesar de “o pipeline” ser o mais elevado dos últimos tempos.

O Diretor de Capital Markets da CBRE Portugal, Nuno Santos, alerta que foram capazes de prever “um efeito de compressão, nomeadamente em logística, determinadas zonas de escritórios e retalho alimentar, suportada num expectável crescimento de renda decorrente de uma procura, em alguns casos, ainda superior à oferta disponível, que deverá ser monitorizado com atenção, pois existem vários fatores de risco relevantes no horizonte”, mostrando-se pouco otimista na evolução das yields.

Contudo, Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, salienta que “apesar da subida das taxas de juro, existe atualmente uma elevada liquidez para investir no setor imobiliário. Não obstante, podemos ver o adiamento de algumas operações de forward funding e forward purchase devido à incerteza relacionada com o aumento dos custos de construção.”

Para 2022, a previsão é que se ultrapassem os três mil milhões de euros, que se fizeram durante o período da pandemia, devido ao crescente volume de investimentos que se realizarão ao longo do ano.