No meio de toda a instabilidade geopolítica global, as empresas procuram ativamente fornecedores alternativos para compensar atrasos relacionados com surtos de Covid-19, estrangulamentos portuários, condições meteorológicas extremas e outros imprevistos que se têm abatido sobre as cadeias de abastecimento. Os empresários mexicanos encaram 2022 como um ano de grandes oportunidades.
As empresas estão a repensar ativamente as suas cadeias de abastecimento, especialmente as norte-americanas, quer tentando convencer os seus parceiros chineses a deslocalizarem-se para o sudeste asiático para evitar tarifas, quer optando por não se abastecerem na China por completo. Os principais beneficiários disto são as pequenas nações do sudeste asiático e o México. O México surge como uma alternativa atrativa devido à sua proximidade com os Estados Unidos e à tendência das marcas para querer evitar o transporte intercontinental de mercadorias, pelos menos para já.
A economia do México parecia estar a sofrer ao longo de 2022. Contudo, os estados fronteiriços dos EUA estão a assistir a uma forte atividade económica, com as exportações do México a ultrapassarem os 80 mil milhões de dólares durante os primeiros dois meses do ano.
Devido à forte procura dos EUA e à forte atividade na indústria automóvel, os investidores começaram a procurar o México para produzir mais bens, incluindo automóveis. As exportações de bens não petrolíferos cresceram quase 27% em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2021.
Segundo avançava um artigo recente do Wall Street Journal, “No ano passado, grandes fabricantes americanos solicitaram produtos químicos, materiais de construção e outros bens a seis vezes mais fornecedores sediados no México do que em 2020. Ao mesmo tempo, o número de fornecedores na China que receberam propostas de compra diminuiu 9% em 2021”.