A ADIFA – Associação dos Distribuidores Farmacêuticos revelou em comunicado que as prioridades para o setor da distribuição farmacêutica em 2023 passarão por combater a inflação, continuar a abastecer, aproximar os medicamentos hospitalares dos doentes e reconhecer a distribuição de medicamentos como infraestrutura crítica.

2022 foi um ano marcado pela inflação prejudicando tanto os portugueses como as empresas a nível económico, o que levou no setor farmacêutico à “degradação” das margens dos medicamentos, colocando “em risco o acesso dos portugueses a este bem essencial”. Contudo, a associação declara que a revisão dos preços dos medicamentos em Portugal teve sempre como objetivo reduzir o seu valor, “sem permitir o ajustamento em função da evolução dos custos dos produtos, do seu fabrico, dos procedimentos regulamentares e da sua logística, distribuição e dispensa”.

Desta forma, na ótica da associação, é necessário fazer “uma atualização dos preços dos bens e serviços na Saúde, nomeadamente na cadeia de valor do medicamento, de forma a acompanhar a subida dos custos associados à inflação, aos preços dos combustíveis e energia”, o se que traduz no aumento dos preços.

A ADIFA aponta ainda como prioridade do setor a “transição para as farmácias comunitárias de medicamentos para tratamento de diversas patologias que atualmente são apenas dispensados em meio hospitalar”, o que proporcionará “benefícios quer às unidades hospitalares, quer aos doentes e seus cuidadores, contribuindo para uma melhor gestão da terapêutica do doente e poupando recursos ao SNS e às famílias”.

Ademais, é de igual forma importante reconhecer a distribuição farmacêutica enquanto infraestrutura crítica nacional. “A par deste reconhecimento, deve proceder-se à consagração legal da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo, com deveres e direitos próprios, condizentes com a sua natureza e nível de especialização” e deve ser atribuído ao setor “um regime fiscal mais favorável”, ressalta a entidade.