A queda na atividade de comércio eletrónico nos Estado Unidos tem sido significativa, o que parece estar a deixar a Amazon com demasiado espaço de armazenagem. Vários órgãos de informação norte-americanos relatam que a Amazon está à procura de sub-alugar espaço na sua rede de distribuição.

A agência noticiosa Bloomberg afirma que “a capacidade excedentária da Amazon inclui armazéns em Nova Iorque, Nova Jersey, Sul da Califórnia e Atlanta… o excesso de espaço pode exceder largamente os 10 milhões de metros quadrados”, segundo revelou à Bloomberg uma fonte da empresa.

A informação não apanha o mercado de surpresa, visto que a Amazon tem vindo a indicar que o mercado para o e-retail tinha abrandado, o que estava a ter implicações na sua rede física. No mês passado, o CEO da Amazon, Andy Jassy, comentou que “o nosso negócio de Consumo cresceu 23% anualmente nos últimos dois anos, com um crescimento extraordinário em 2020 de 39%, o que obrigou a duplicar a dimensão da nossa rede de distribuição que tínhamos construído ao longo dos primeiros 25 anos da Amazon – e a fazê-lo em apenas 24 meses. Hoje, como já não estamos a perseguir a capacidade física ou de pessoal, as nossas equipas estão totalmente concentradas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede”.

Mas a gigante Amazon não é a única empresa a ser afetada pela queda da procura no e-retail. Também a UPS registou uma queda nos volumes de comércio eletrónico através da sua rede e a  Ocado viu as vendas no seu negócio de retalho caírem 5,7% no primeiro trimestre.

A clara implicação é que este abrandamento do mercado está a criar uma sobrecarga na capacidade instalada. O que já não é tão certo é que este abrandamento acalme o mercado imobiliário. O promotor imobiliário logístico Prologis continua a reportar uma elevada procura em muitos mercados com oferta ainda inadequada. No entanto, avançam que  uma boa parte desta procura é motivada pela necessidade de gerir congestionamentos e problemas de disponibilidade nas cadeias de abastecimento.

O comércio eletrónico tem impulsionado o crescimento de uma grande parte do mercado logístico tanto a nível doméstico como, em menor medida, a nível global e, para já, são as suas perspetivas de crescimento, tanto em mercados avançados como noutros, que irão moldar os mercados logísticos,