A Câmara Africana de Energia (CAE) publicou no seu website que está à procura de investimento externo, segundo avançou a Lusa. Verner Ayukegba, vice-presidente da CAE em Angola, destacou que as áreas da agricultura, logística, tecnologia e finanças deverão ser os quatro setores “que se espera que venham a testemunhar investimentos e crescimento rápido nos esforços de diversificação em curso”.

A economia de Angola está muito assente no petróleo, sendo que este representa hoje mais de um terço do PIB do país, e 90% das exportações. Como tal, o Governo angolano tem vindo a aprovar diversas medidas de forma a reduzir a dependência desta matéria-prima e evitar o impacto das oscilações dos preços internacionais.

A CAE aponta que Angola está “a reforçar os esforços para diversificar a economia para além do petróleo e do gás, não só através da ampliação da sua base industrial, oferecendo incentivos fiscais, programas especiais para promover a agricultura, atrair investidores estrangeiros e a criação de zonas de livre comércio, mas também criando mais oportunidades de emprego para a população jovem e em rápido crescimento do país”.

Ao nível das áreas destacadas por Verner Ayukegba, este refere que na agricultura, “apesar dos desafios trazidos pela pandemia, o setor agrícola de Angola registou um crescimento superior a 5% nos últimos dois anos, oferecendo boas perspetivas de desempenho futuro”.

Por sua vez, as infraestruturas logísticas são também uma aposta de Luanda, e o responsável aponta que estas poderão servir tanto para abastecer a região como o próprio país, beneficiando da sua localização estratégica da capital.

Sobre as tecnologias, Verner Ayukegba, considera que “as telecomunicações móveis e o acesso à Internet são um catalisador para o crescimento das empresas e do empreendedorismo, e ao ampliar e atualizar as redes de telecomunicações, o Governo procura capacitar as empresas para se tornarem mais eficientes e para que o comércio eletrónico estimule o crescimento económico”.

Por fim, relativamente às finanças, o vice-presidente da CAE aponta que após a turbulência que se seguiu à queda dos preços petrolíferos em 2014, que colocou o país numa situação de recessão económica, o setor oferece boas oportunidades. “As regras que restringem a propriedade no setor bancário foram flexibilizadas e são suscetíveis de ver investimento no setor de bancos estrangeiros que procuram aumentar a sua pegada africana”, conclui o responsável.