O grupo Manuel Soares, especializado em revestimentos minerais, vai abrir em 2019 uma nova fábrica em Viana do Castelo, num investimento “até quatro milhões de euros”.

Manuel Soares, na conferência de imprensa, realizada na Câmara de Viana do Castelo, para apresentação do novo projecto empresarial explicou que serão investidos “entre 3,5 a quatro milhões de euros, na construção da unidade industrial e na aquisição de equipamentos, estes últimos financiados por fundos do Portugal 2020”.
A nova unidade industrial da Ventestival “dotará a empresa de meios para o aumento da carteira de clientes e a diversificação dos mercados de exportação”.
A empresa pertencente ao Grupo Manuel Soares (Real Marbre, Ventestival, Stone Dark e Mineral System) conta com sede na freguesia de Darque e é especializada em revestimentos minerais. Em 2015 foi criada a Mineral System, “que alia um elevado conhecimento da técnica de trabalhar a pedra, da seleção das matérias-primas e da arte de as moldar à inovação tecnológica. Na Europa há duas empresas a trabalhar a pedra desta forma. O nosso grupo tem as primeiras máquinas fabricadas em Portugal. Conseguimos cortar pedras com 70 quilos como se fosse uma fatia de pão em lâminas com cerca de cinco milímetros de espessura, com cerca de 15 quilos e multiplicar a quantidade de pedra. É um processo de laminação e colagem que fica caro e, por isso, é mais destinado a projectos de luxo”, especificou.
A nova unidade vai juntar a Stone Dark e a Mineral System, “conferindo uma maior rentabilização e agilidade dos processos, de forma a responder com crescente eficácia e pontualidade às solicitações mais exigentes. Vamos poder aumentar a capacidade de produção, hoje limitada, tendo em conta o número de projectos que temos”, referiu Manuel Soares.
Presente no encontro com os jornalistas, o vereador na Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre sublinhou que o novo investimento, o “trigésimo primeiro grande projecto a instalar-se no concelho, vem ao encontro da meta estabelecida pelo executivo municipal de, até 2020, ter a capital do Alto Minho “no ‘top ten’ das exportações portuguesas. Acreditamos que o seu investimento vai concorrer para esse objectivo estratégico”, reforçou, destacando a componente da “inovação tecnológica” do projecto que “concorre para a economia circular e para o reaproveitamento de recursos”.