Foram descobertas toxinas proibidas nas laranjas provenientes da África do Sul que poderão colocar em causa a importação deste produto. Mais de 50 substâncias activas de produtos fitofarmacêuticos proibidas dentro do espaço da UE foram detectadas em laranjas da África do Sul, actuando como preventivos para pragas e doenças nas plantas, e levaram à interrupção do abastecimento à Europa, e em causa estará a sua continuação, ou não.

O euro-deputado Carlos Coelho, que integra a Comissão do Mercado Interno e Proteção dos Consumidores do Parlamento Europeu, questionou a Comissão Europeia acerca da possível suspensão do abastecimento dos citrinos provenientes desta região. “Os consumidores devem ter a garantia de que os alimentos que compram na Europa são seguros”, defende o representante social-democrata, acrescentando que deveria haver um controlo, e que este deve ser feito pela Comissão Europeia e suas agências executivas, bem como pelos Estados-Membro.

Segundo o representante do PSD, tem de ser garantido “um elevado nível de protecção da vida e da saúde humanas, a protecção dos interesses dos consumidores e práticas equitativas no comércio de alimentos, tendo em conta a saúde e o bem-estar animal, a fito-sanidade e a protecção do ambiente”.

De acordo com declarações feitas ao jornal Público, a ASAE e o Governo já confirmaram que estas toxinas não se encontram presentes nos citrinos comercializados em Portugal, pelo que não constitui nenhum alerta à saúde humana em território nacional. O Ministério da Agricultura também adianta que o rastreamento dos produtos está bem cimentado na UE e que caso seja detectado algum caso num dos Estados-Membro este é rapidamente retirado do mercado, acrescentando que tem de ser feito este controlo dos critérios de segurança alimentar ao longo da cadeia.