Metade dos 700 mil metros cúbicos de derivados de petróleo existentes em Angola está armazenada em reservatórios flutuantes, em vez dos ‘stocks’ em terra, um mecanismo mais eficaz para minimização de custos.

Segundo o diretor-geral do Instituto Regulador de Derivados de Petróleos (IRDP), Manuel Ferreira, a entrada de novos operadores no sector de logística destes produtos, entre eles a Sonangalp, luso-angolana, e a Pumangol, poderá ser uma das medidas para que os ‘stocks’ em terra possam aumentar, por ser mais barato.

Para reverter estas situação, o IRDP está a trabalhar com os operadores do sector (Sonangol e Pumangol) no sentido de transformar o ‘stock’ flutuante em armazenagem em terra, visando a minimização de custos.

Quanto à entrada de novos operadores no segmento de logística, está-se a trabalhar na proposta de revisão do actual quadro jurídico, que dá exclusividade a Sonangol Logística de desenvolver esta actividade, para que outros actores possam também desempenhar estas funções.

De referir que Angola possui uma capacidade de cerca de cinco milhões de toneladas de derivados de petróleo, que ainda não atende a necessidade do mercado.

A Pumangol, por exemplo, tem uma capacidade média de armazenar 265 mil metros cúbicos de gasóleo, mais de mil de gasolina e 40 mil de Jetfuel. A Pumangol possui em Angola 78 postos de abastecimento, o que representa 8% do total, sendo responsável por cerca de 21% da fatia do mercado retalhista de derivados de petróleo, empregando 400 trabalhadores a nível nacional e criando 5.000 postos de trabalho indireto. A sua capacidade produtiva instalada ronda os 400 mil metros cúbicos de derivados de petróleo, além de possuir instalações para alugar a outros operadores.

Por seu lado, a empresa angolana Sonangalp, participada em 49% pela portuguesa Galp Energia, opera em cerca de meia centena de postos de abastecimento de combustíveis em Angola, num mercado liderado pela estatal Sonangol, que detém os restantes 51% da petrolífera.