Após a japonesa ter apresentado a ideia no primeiro semestre do ano passado e começado a fazer testes com o Project Portal Alpha em Abril, eis que, após um ano e de uma rodagem superior a 16 mil km, surge um novo modelo, o Beta. Esta versão melhorada também utiliza a tecnologia do modelo automóvel Mirai, e a sua potência superior a 670cv suportam uma capacidade de transporte de 36 toneladas, mantendo o binário anterior de 1.749Nm, mas ao contrário do Alpha, tem uma autonomia de 500km, ao invés de apenas 320.

O Beta tem ainda melhorias em termos de versatilidade e manobragem, devido à sua combinação única de cabina com cama e depósito de hidrogénio, o que resulta num aumento no espaço interno sem haver a necessidade de modificar a distância entre-eixos.

A Toyota é das marcas que mais tem vindo a apostar nesta tecnologia, e cada vez mais se vê esta realidade através das consecutivas apostas nesta energia ecológica. Segundo a fabricante, estima-se que cerca de 16 mil camiões com emissões poluentes circulem no percurso usado para testes, entre Long Beach e Los Angeles, ainda que este número possa aumentar para 32 mil em 2030.

Craig Scott, Director do Departamento de Tecnologias e Veículos Electrificados da Toyota, nos EUA, conta que a empresa teve como objectivo, através da primeira vaga de testes, avaliar as melhorias que seria possível fazer através desta tecnologia: “o nosso objectivo com o primeiro camião era avaliar aquilo que seria possível alcançar e foi o que fizemos. Desta vez, procuramos determinar a viabilidade comercial. Queremos ajudar a fazer a diferença… Uma diferença substancial no que se refere à qualidade do ar, não apenas na região de Los Angeles, mas também nos Estados Unidos e em todo o mundo”.