As vendas brutas sob insígnia do Grupo DIA caíram 3,3%, nos primeiros seis meses do ano, em Portugal. Com um efeito nulo das divisas, as vendas Minipreço e Clarel totalizaram 395,2 milhões de euros, contra os 408,7 milhões de euros do período homólogo do ano anterior.

O grupo liderado por Ricardo Currás atribui esta descida das vendas “à evolução negativa das vendas comparáveis, derivada da forte competitividade do mercado, e às condições meteorológicas adversas”.

A nível ibérico, as vendas retrocederam 3%, para os 3.084,8 milhões de euros. Em Espanha, principal mercado do grupo, a queda foi de 2,9%, que se deve à redução em 2,7% do espaço de venda e ao encerramento temporário das lojas remodeladas durante a primeira metade do ano.

Globalmente, as vendas brutas sob insígnia do Grupo DIA atingiram os 4.600 milhões de euros, 1,4% mais em moeda local. As vendas comparáveis cresceram 1,8%, num semestre onde se remodelaram 903 lojas, 860 das quais em Espanha. “Quase que terminámos o nosso ambicioso plano de remodelações de lojas para o ano, com mais de 900 estabelecimentos já renovados na Ibéria com bons resultados. Estamos a começar a ver o impulso destas transformações numa boa tendência das vendas em Julho e esperamos manter a trajectória positiva na segunda metade do ano, na qual também começaremos a abrir novas lojas DIA, La Plaza e Clarel”, declara o conselheiro delegado do Grupo DIA.

Num semestre caracterizado por Ricardo Currás como o “período mais duro do grupo desde que começou a ser cotado em bolsa”, os lucros líquidos caíram 44%, para os 66,1 milhões de euros. Já o EBITDA ajustado situou-se nos 226 milhões de euros, 14,6% menos. A par das difíceis condições do mercado e da Primavera fria e chuvosa, cujo impacto se fez sentir nas vendas, o grupo destaca o fim das alianças de compras com a Eroski, em Espanha, e com o Intermarché, em Portugal, que se reflectiu na sua margem bruta.