A importação de aço e alumínio dos Estados Unidos da América por parte da União Europeia, Canadá e México já não se encontra isenta de taxa, num anúncio que veio a público no dia 1 de Junho, devido a uma decisão do Governo de Donald Trump. Neste momento são visíveis taxas de 25 (aço) e 10% (alumínio), num anúncio dado pelo Secretário do Comércio do Governo Norte-Americano, Wilbur Ross.

A União Europeia já mostrou o seu descontentamento e, através do Presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, anunciou que irá denunciar esta atitude à Organização Mundial do Comércio (OMC), e que irá responder de igual forma à medidas impostas. De igual maneira irá responder também o México, num comunicado do Presidente Enrique Peña Nieto.

O Canadá, no entanto, resolveu ir mais longe, Justin Trudeau, primeiro-ministro do país, decidiu cancelar uma reunião com Donald Trump (devido à não aceitação de uma cláusula relativa ao acordo), e foram colocados impostos sobre bens norte-americanos no valor de 16.600 milhões de dólares. Chrystia Freeland também anunciou que as novas tarifas canadianas em resposta à medida do seu país vizinho irão afectá-lo não só nessas áreas, mas também em bens de consumo, como iogurtes, café, açúcar, máquinas de lavar ou colchões, a vigorar a partir de dia 1 de Julho.

Entretanto, já vários chefes de Estado de diversos países também se manifestaram, e Portugal não foi excepção. “Quando há regras que valem para todos e sempre, não é para valerem só para alguns e de vez em quando, senão não é possível haver regras no comércio internacional”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que as parcerias devem ser respeitadas. “Quando alguém é aliado de alguém deve pensar duas vezes quando toma medidas unilaterais que atingem o aliado”, defende.