Terminou no sábado passado a greve dos trabalhadores do Porto de Lisboa, que já durara desde dia 21 de Maio. Segundo o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), esta mobilização provocou atrasos no despacho de navios, pelo que “alguns foram mesmo desviados para outros portos, como Setúbal e Leixões”, segundo contou António Mariano, presidente do Sindicato, em declarações à Lusa.

De acordo com o pré-aviso de greve, esta ocorreu devido à recusa de atualização da tabela salarial, que se mantém inalterada desde 2010, e à constatação de “inúmeras práticas anti-sindicais”. Segundo conta o responsável, “as empresas têm dificultado a realização de plenários e recusam-se a aceitar a sindicalização dos trabalhadores”.

O Sindicato também chegou a acusar algumas empresas de terem violado o contrato colectivo de trabalho, ao incentivarem os trabalhadores a assinar um contrato individual com uma empresa do mesmo grupo, e o responsável anuncia que caso não sejam tomadas medidas, os trabalhadores se encontram preparados para avançar com novas medidas de combate contra as empresas.

“Não gostaria de antecipar o cenário, mas se não houver entendimento, todas as razões que nos levaram a decretar esta greve mantêm-se”.